Período Colonial - 1500 - 1599
Institucionalização Produção científica
1500 Carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral, ao rei de Portugal, contendo os primeiros dados descritivos sobre a flora e a fauna do Brasil. Publicada pela primeira vez na Corografia Brasílica, do Pe. Manuel Aires do Casal, Impressão Régia, Rio de Janeiro, 1817.
Primeiras observações astronômicas realizadas no Brasil, registradas na carta de 28 de abril e 1.° de maio desse ano a D. Manuel, rei de Portugal, escrita pelo físico e cirurgião Mestre João, que acompanhava a expedição de Pedro Álvares Cabral.
1500-03 As expedições chefiadas respectivamente por André Gonçalves e Gonçalo Neto, tendo Américo Vespúcio participado em ambas, fornecem observações astronômicas e geográficas para o primeiro mapa da costa brasileira, elaborado por Cantino.
1503 Correspondência entre Américo Vespúcio e Soderini, com referências à fauna do Brasil, publicada em letra de forma nesse ano.
1515 Os cartógrafos Reinei, pai e filho, confeccionam em Lisboa mapa do Brasil, com dados colhidos por Juan Dias de Solis um ano antes e conservados em parte por Herrera.
1530-31 O Diário da Navegação da Armada que Foi à Terra do Brasil em 1530 sob a Capitania-mor de Martim Affonso de Sousa Escrito por seu Irmão Pêro Lopes de Souza, além de outras observações, inclui minuciosas referências astronômicas e geográficas.
1537 As observações astronômicas e geográficas de Pêro Lopes de Sousa, feitas na expedição de 1530-31, levam Pedro Nunes, nos anexos de seu Tratado da Sphera (Lisboa, 1557), a criticar as chamadas "cartas de marear quadradas" e introduzir as "linhas de rumo", hoje denominadas loxodrômicas.
1549 Fundada na Bahia, pelos jesuítas, a primeira escola "de ler e escrever" do Brasil, sendo seu primeiro mestre Vicente Rijo ou Rodrigues. Após vinte anos, os jesuítas teriam mais cinco deste tipo: em Porto Seguro, Ilhéus, Espírito Santo, São Vicente e São Paulo.
1552 Leonardo Nunes, jesuíta, funda em São Vicente um seminário-escola (escola média), transferido mais tarde para Piratininga (São Paulo), em 1554, passando à categoria de colégio em 1556, novamente transferido para São Vicente em 1561 e fixando-se definitivamente no Rio de Janeiro, em 1567, já oficializado.
1553 Primeira classe de latim, sob direção do irmão Antônio Blasques. na Bahia.
1556 Fundado na Bahia, pelos jesuítas, o Colégio de Todos os Santos, para o ensino de retórica, filosofia e teologia. 1556 Hans Staden publica o livro Duas Viagens ao Brasil, após viver vários anos no litoral da capitania de São Vicente, onde durante muitos meses foi prisioneiro dos tupinambás. Descreve vários animais, entre eles o "bicho-do-pé", cujo nome indígena, "tunga", é adotado definitivamente pela nomenclatura científica.
1557 Criado pelos padres jesuítas o Colégio do Rio de Janeiro.
1558 Criado pelos jesuítas o Colégio de Olinda, a partir da escola elementar e residência anteriormente existente. 1558 -André Thévet, missionário francês, publica les Singularités de la France Antarctique, onde lista mais de vinte animais que conseguiu conhecer nos meses que passou na baía de Guanabara.
1572 Primeiro curso de artes (ciências) no Brasil, no Colégio da Bahia dos jesuítas. Constava de matemática, lógica, física, metafísica, ética. Tinha duração de três anos e se repetia de quatro em quatro anos.
1575 Concedidos os primeiros graus de bacharel aos formados pelo primeiro curso de artes do Colégio da Bahia.
1576 Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz, de Pêro Magalhães Gandavo.
1578 Conferidos os primeiros títulos de mestre em artes, no Colégio da Bahia, mantido pelos padres jesuítas. 1578 André Lery, calvinista francês, publica pela La Rochelle a Histoire d'un Voyage Fait en Ia Terre du Brésil, Autrement Dite Amérique, fruto de onze meses de observação na baía de Guanabara, duas décadas antes da data de publicação.
1581 Concedidos os primeiros graus de doutor no Colégio da Bahia, com festejos de que participa toda a população local.
1582 Publicada em italiano, parcialmente, a Epistola Quamplurimarum Rerum Naturalium quae S. Vicenti (Nunc S. Pauli) Provinciam Incolunt, Sístens Descriptionem, do padre jesuíta Anchieta, escrita em 1580 e somente em 1799 publicada na íntegra em Lisboa.
1587 Gabriel Soares de Sousa publica Tratado Descritivo do Brasil, de caráter enciclopédico, resultado de observações nos dezessete anos de estada do seu autor na Bahia. Primeira publicação in extensu por Varnhagen, no Rio, em 1851.
1590 (±) O jesuíta Fernão Cardim, reitor dos Colégios da Bahia e do Rio, procurador e provincial da Companhia de Jesus, escreve Clima e Terra do Brasil, do Princípio e Origens dos índios do Brasil e Narrativa Epistolar de uma Viagem à Bahia, Rio, Pernambuco (...).
1590 (±) - O jesuíta Fernão Cardim, reitor dos Colégios da Bahia e do Rio, procurador e provincial da Companhia de Jesus, escreve Clima e Terra do Brasil, do Princípio e Origens dos índios do Brasil e Narrativa Epistolar de uma Viagem à Bahia, Rio, Pernambuco (...).