Documento
altera perfil do ensino superior
Se adotadas pelo Ministério da Educação, as propostas da comissão
vão provocar mudanças substanciais no ensino superior. Algumas
delas:
- Conselho Federal de Educação - os 24 conselheiros
são nomeados pelo residente da República e têm a última palavra
sobre o funcionamento das escolas e o reconhecimento de novos
cursos. A comissão ampliou sua composição para trinta membros,
escolhidos pelo presidente a partir de listas tríplices enviadas
por universidades, entidades ligadas à pesquisa e categorias
profissionais. Será responsável pela política universitária
e criará formas de avaliação do desempenho acadêmico, sugerindo
mudanças e linhas de pesquisa.
- Autonomia universitária - As universidades
públicas são hoje controladas por estatutos rígidos e todas
as instituições de ensino superior seguem um currículo mínimo
fixado pelo MEC. As grandes universidades ganhariam autonomia
para escolher currículos mínimos, que seriam impostos apenas às
faculdades isoladas, que não fazem parte de um complexo universitário.
- Financiamento - As universidades recebem verbas vinculadas
a despesas preestabelecidas. Quando ficam sem dinheiro, estão
sujeitas a complementações que custam a sair. Com autonomia
financeira, passariam a remanejar o dinheiro de acordo com
suas necessidades e critérios. A verba, parcelada em doze meses,
seria corrigida de acordo com a inflação, pondo fim às complementações.
- Salário de professores - Nas escolas públicas inexiste
o piso salarial. A maioria das escolas particulares, em contrapartida,
paga pelo sistema de hora-aula, o que gera grande discrepância
de salários. Seria estabelecido um piso para todas as universidades
e criados critérios para um plano de carreira uniforme. Também
seria extinto o sistema de hora-aula.
- Pesquisa - Não há incentivo salarial ao professor
dedicado à pesquisa, mas sim ao burocrata. Surgiria um adicional
de salário e programa de bolsas de incentivo à pesquisa.
|