Em entrevista ao O Globo, o Presidente da CAPES, Jorge Guimarães, sobre as mudanças na política de bolsas para o exerior da CAPES diz:
“Por exemplo, neste quadro que estamos vivendo hoje, a pergunta em relação à formação de doutores na área economia é: nós vamos continuar mandando alunos para formar doutores num modelo que faliu o mundo? Então nós temos que perguntar a nossa área de economia o que eles vão nos dizer agora. Nós vamos mandar fazer aonde? Vai ser no mesmo modelo? Este modelo mostrou-se totalmente anticientífico, para dizer o mínimo.”
Imagino que a CAPES usará o mesmo critério para a área de energia, responsável pelo aquecimento global; e das ciências médicas, responsáveis pela explosão populacional e todas suas consequências perniciosas. E fico me perguntando aonde ele pensa que o Brasil vai conseguir formar economistas capazes de lidar com a crise, que trabalhem com um “outro modelo”: na China, será?
oncordo plenamente. Afinal, que medicina é esta, diante da explosão tecnológica, que ainda não descobriu a cura do câncer nem da AIDS? A CAPES precisa encontrar um novo modelo da área de ciências da medicina. E também, de passagem, para a área da educação que até hoje não conseguiu trazer os brasileirinhos para a era de Gutemberg!
Desde a década de 70 do século passado a economia entrou em um processo de deificação do mercado financeiro e de capitais. A maioria dos formando desejavam ser seus expoentes. Negligenciaram a área socio-produtiva, a inovação e o empreendedorismo. Todos desejavam ser “economista chefe” (cópia tupiniquim do similar Norte Americano). Quem não se lembra daquele que infantilizava o trabalhador (a inflação do chuchu e do tomate que ainda hoje se apresenta como consultor). Hoje, os novos, engomados e empacotados em novas alfaias – os sábios – que nas entrevistas, forçam a aparência tranquila, fala mansa e olhos imóveis e distantes, repetem antigas cantilenas rebuscadas de neologismos – o economês.
Nada contra minha profissão. Tudo contra quem a exerce de forma sapiencial.