Na tentativa de evitar o abuso do poder econômico e do acesso previlegiado de alguns candidatos aos meios de comunicação de massas, a legislação brasileira e a justiça eleitoral acabaram promovendo uma eleição sem graça, em que que os candidatos desfilam pelos programas eleitorais da TV e do rádio como que enlatados, sem espaço para confronto de idéias e debate público. Até mesmo a Internet foi objeto de censura. Sem o uso pleno dos meios modernos de comunicação, resta aos candidatos o uso das máquinas eleitorais, a distribuição porta a porta de promessas e a campanha boca a boca. Não é de se estranhar que, neste processo, predominam os candidatos mais aparelhados, seja porque estão no governo, seja porque representam os interesses de alguma categoria, seja até, no caso do Rio, por representar as milícias que preliferam no Estado.
E no entanto, a campanha de 2008 está mostrando que existe espaço também para outras opções, de pessoas que se candidatam por representar idéias e valores éticos e visão de longo prazo, preocupações que existem mas estão dispersas na população, não se aglutinam nem se organizam em uma máquina política . A candidatura de Fernando Gabeira, atropelando nas pesquisas eleitorais na reta final, com fortes chances de chegar ao segundo turno, é o melhor exemplo disto. Entre os candidatos a vereador, os bons exemplos são duas mulheres, Aspásia Camargo e Andreia Gouveia Vieira, ambas com um forte currículo de trabalho produtivo, independente e inteligente em prol da cidade do Rio de Janeiro.
Para quem ainda não se resolveu, ou admite ainda mudar de idéia, sugiro clicar nos links dos nomes, para decidir em quem votar.