O afastamento de Cunha pelo STF deve servir de advertência ao futuro presidente Temer e sua equipe de que a brincadeira de distribuir cargos no governo para atender a interesses particulares de políticos de ficha suja (ou mesmo de ficha limpa) está chegando ao fim. Existem sinais preocupantes que que esta mensagem não havia chegado – o médico indicado para o ministro da Saúde que é desconvidado porque pretendia escolher sua equipe, o bispo que seria indicado para o Ministério da Ciencia e Tecnologia, os ministérios inúteis que já não vão mais ser fechados, a manutenção do PR no Ministério dos Transportes, um político desconhecido para o Ministerio da Educação… Se ser realista na política é agir reconhecendo como as coisas são,e não como gostaríamos que fossem, para continuar a ser realista é necessário entender que as coisas já não são mais como antigamente.
Parece que a brincadeira acabou de começar.
Pois é, é bem preocupante. Espero que não comprometa a agenda econômica, pelo menos.
É, meu querido Simon,
vendo daqui, de depois da primeira reunião de Temer e seus auxiliares, parece que a brincadeira não acabou. Ninguém está batendo panelas ou emitindo pareceres e liminares impedindo a posse de investigados e assemelhados.
Triste verifico que não há qualquer possibilidade de ver na mudança de rumo uma perspectiva consistente de enfrentamento da corrupção ou de projeto político que vise a nação antes de interesses de grupos.
Nem posso dizer “quem pariu Mateus que o embale” porque estamos todos e muitos no mesmo berço.