Escreve Fernando Gabeira, a propósito do texto de Jorge Jatobá sobre a escassez de médicos:
Estou preparando uma reportagem sobre o tema e acabo de voltar do sul do Maranhão e do Amapá examinando quais as dificuldades dos médicos no interior, que estrategias de sobrevivencia, curandeiros, parteiras, farmaceuticos) são usadas e o artigo me foi muito útil. Para você ter ideia descobri que a escassez de médicos para alguns tipos de paciente não é o mais importante mas a falta de equipamentos. Falei com alguns pacientes que vivem um dia com a familia e outro na estrada poeirenta para fazer diálise no único centro regional. Descobri que a cidade que proporcionalmente tem menos médicos, dois para 23 mil habitantes, tem poucos problemas de saúde. Seu maior problema como em quase todos lugares que visitei é a falta de educação no trânsito. O número de motocicletas é muito alto, familias inteiras viajam numa só máquina e todos sem capacete. A média é de cinco lesionados, na maioria crianças, por mês e dois mortos. E as escassas UTIs e os raros neurociurgiões são ocupadas majoritairiamente por motociclistas acidentados.
Boa tarde.
Pensei que o assunto iria render um caldo. Pensei errado.
Há muita poeira no ar. Mas, me parece que fica esquecido o necessário planejamento .
Considerando a concentração urbana e o incremento populacional versus oferta de leitos e infraestrutura de apoio, definitivamente algo de planejamento em escala macro ficou na gaveta.
Cordialmente. Ajscampello
Boa tarde.
F Gabeira está descobrindo ou , talvez, redescobrindo o tal do Brasil “Profundo”. Ou : os “Grotões”.
Boa sorte, Gabeira.
Boa sorte sim! Ele vai esbarrar com circos de horrores.
Ajscampello